sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Ser ou não ser, eis a questão

Esses dias têm sido daqueles...
Daqueles de reflexão sobre o que se é e para onde vai essa vida de “meu deus”.

Se eu fosse uma fruta seria morango, jamais mamão
Se eu fosse um outro mamífero seria um urso polar
Se eu fosse uma flor seria orquídea, não violeta
Se eu fosse uma comida seria batata, jamais fígado
Se eu fosse música seria samba ou bossa nova, necessariamente MPB
Se eu fosse um pássaro seria uma coruja, nunca um quero-quero
Se eu fosse uma cor seria branca
Se eu fosse um jogo seria Alex Kid in The Miracle World, War ou Tranca, não Imagem e Ação
Se eu fosse um desenho seria Nemo, Carmen San Diego ou Capitão Planeta, nunca Power Ragers

Se eu fosse uma personagem seria a Dory
Se eu fosse um personagem em quadrinhos seria Calvin ou Mafalda
Se eu fosse uma das princesas seria a Pequena Sereia ou a Bela
Se eu fosse uma boneca seria a prima da Barbie, nunca a Barbie
Se eu fosse uma arte seria cinema
Se eu fosse uma bebida seria café
Se eu fosse um sorvete seria frozen yogurt, jamais napolitano
Se eu fosse uma celebridade seria pela escrita, jamais pela bunda
Se eu fosse uma cantora queria ser como Zélia Duncan
Se eu fosse um doce seria chocolate ou quindim, nunca rapadura
Se eu fosse uma estação do ano seria verão

Sabendo tão bem o que eu seria ou não seria, como é que não sei o que sou agora?
O que quero ser "quando crescer"?

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Mantega, Rebelo, Thomas e risadas


O celular toca.

Quase sussurando, a amiga 1: Cara, como é o nome do atual Ministro da Fazenda?
Amiga 2: Hum... Hã... Aquele que fala muiiiiiiiiiiiito!!! Hum... Mantega, é Mantega!!!!
A1: Caraaaacaaa, como é o primeiro nome dele!!!
A2, achando tudo aquilo muito estranho -: Meu, onde você está? O que está fazendo?
A1, aflita e impaciente: Fala LOGO, amiga! FALA LOGO!
A2: É Guido, é Guido! – já querendo se jogar no chão de tanto rir.
A1: Ok, ok, e o Presidente da Câmara dos Deputados??

Silêncio... Outras duas amigas estão aflitas também e nesse caos nonsense, NINGUÉM, mas NINGUÉM, consegue falar rapidamente o nome do homem. Uma delas começa a ligar para o marido que deve estar em frente ao computador.

A2: é alguma coisa Rebelo, não é??
A1: FALA LOGO, JACA!
A2: Vamos desligar, mandamos uma mensagem de texto.

Sim, confirmado pelo marido eficiente, Aldo Rebelo. Mensagem encaminhada, ufa!

A3: O que está acontecendo?
A4: Ela está fazendo entrevista de emprego, só pode.
A2: Ou um Quiz para entrar no governo!!!!
A3: Ou teste para o show do Milhão!

A prosa tomou outro rumo. De repente a A3 recebe uma mensagem.

A1: Quem é Gerald Thomas?
A3 – aceleradíssima, como se estivéssemos todas nós correndo atrás do Milhão-: Diretor de Teatro, fala logo onde você está, p...!

Apesar da indignação de todas por não terem sido rápidas nos dois primeiros nomes, afinal, era o mínimo que esperariam de delas, o episódio rendeu uns 15 minutos de risada, era como se todas estivessem no mesmo barco. Formou-se uma corrente do bem.

A2: Gente, já pensou que vergonha se pegarem ela colando? Com 30 anos nas costas e aquela cara de boa moça?

Boas risadas. Boas risadas. Tem gente que tem uma facilidade fora do normal de passar por situações engraçadíssimas.

No caso, as 4 têm!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Desabafo

Alguns detalhes preciosos da língua portuguesa:

- A gente, no sentido de nós, se escreve separado, jamais “agente”. “Agente” só se for no estilo 007;

- De repente, também é separado. Onde já se viu escrever junto e ainda dobrando o “r”???? Eu já vi, e fiquei chocada!;

- “Mim não fazer nada”, então, pelo amor de Deus, quando quiser falar “Para --- fazer tal coisa”, sempre, sempre mesmo, mesmo em um momento de dor, utilize EU! Para EU fazer, para EU levar, para EU pensar, para EU escrever e por aí vai;

- Os verbos “poder”, “por”, “querer” (e mais muitos outros) são lindos se bem conjugados, portanto, utilize “Se eu PUDER”, “Se eu PUSER”, “Se eu QUISER”, nunca se eu “poder”, “por” ou “querer” nesse tipo de construção de frase;

- Atenção, é PERSpectiva, NÃO, PRESpctiva;

- Apenas um lembrete: Concordância foi concebida para ajudar as palavras a CONCORDAREM umas com as outras em GÊNERO (traduzindo: feminino ou masculino) e NÚMERO (singular ou plural);

- Grave: eu não VOU ESTAR FAZENDO p. nenhuma! Eu FAREI, e tenho dito.

Pronto, desabafei!

Muito obrigada! (meninas: obrigadA, meninos: obrigadO)

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Infinitamente

Olho muito, acho até que em excesso
Mas não sei ainda se o vejo tão bem
- Algumas pessoas são feitas de um material especial
mais raro, mais sensível, menos tátil, mais misterioso-
Mas o vejo infinitamente lindo
Infinitamente doce
Infinitamente apaixonante
Infinitamente interessante.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Parabéns, amiga!

Trocamos uns e-mails. Eu e ela.

Eu: que saudade!
Ela: tenho uma bomba pra te contar, mas não conto por nada nesse mundo por e-mail.
Eu: você vai casar?

(silêncio). Nenhum outro e-mail dela entrou mais na minha caixa.

Nos encontramos.

Eu: você vai casar ou está grávida?
Ela: e se eu disser que são as duas coisas?
Eu: tudo junto, ao mesmo tempo? Rs
Ela: ...
Eu: eu vou mais que amar!!!!!!!!!!!

Pronto, e foi assim que eu fiquei sabendo que mais um sobrinho postiço vem por aí.
Mais uma das melhores pessoas da minha vida está carregando uma nova vida e está absolutamente feliz por conta disso.
Que coisa linda, amiga! E, sim, eu vou cuidar de você! Quando e onde precisar, sempre!
Você vai ficar linda - mais ainda!!! - barrigudinha!!!!!
O bebê de vocês será o “bebê do ano” de 2008!!!!!
Amo vocês!

“Ao ingressar no segundo mês de gestação, o bebê estará flutuando numa bolsa de líquido: já terá cérebro, espinha e um sistema nervoso central simples. O coração começa a pulsar na sexta semana, época em que se delineiam pernas e braços e as células ósseas iniciam seu desenvolvimento. Os ouvidos estão em formação e o rosto se esboça com nariz e boca. A língua também é incipiente.

No início do terceiro mês, o bebê terá, aproximadamente, o tamanho de um morango. Nessa etapa o seu esqueleto vai se definir - caixa craniana, coluna vertebral, costelas e tíbia -, mas o principal progresso é o neurológico. O organismo da criança produz cerca de 5 mil células neuronais por segundo, para consolidar a formação do sistema nervoso.

Com músculos e articulações formados, já curva os dedos dos pés, fecha as mãos, abre e fecha os lábios, faz biquinho, xixi, suga o líquido à sua volta. Ele termina o primeiro trimestre com todos os seus principais órgãos internos formados (a maioria funcionando). Está mais protegido contra infecções e drogas e escapa do maior período de risco para malformações congênitas. Pesa em torno de 18 gramas e mede cerca de 6,5 centímetros de comprimento - o equivalente a uma pêra.”

Homenagem à Antonioni e Bergman!


A primeira vez que vi Blow-up (1966), do cineasta neo-realista italiano Michelangelo Antonioni, pensei: acho que não entendi nada. Será que foi isso mesmo o que ele quis dizer? Mas o filme tinha algo de absolutamente interessante. Longas seqüências, o que pode causar um certo tédio, e pouquíssimos diálogos. Fui atrás de explicações. Depois de umas aqui, outras ali e o filme visto mais uma vez certo tempo depois, já com outro olhar sobre o cinema, sim, já estava gostando demais dele.


O filme, baseado livremente no conto “As Babas do Diabo”, do argentino Julio Cortazar, conta a história de um fotógrafo "vazio" de moda da década de 60 que, sem querer, se vê envolvido em um caso de assassinato após fotografar uma mulher beijando um adolescente em um parque. Ao longo de toda a trama, Antonioni questiona a veracidade de uma imagem. Existe muito exibicionismo e erotismo, tendo sido dele a primeira cena de nu frontal feminina em um filme não-erótico, feito para o grande público.

Retomar Blow-up no dia de hoje tem um porquê especial. Aos 94 anos, Michelangelo Anotinioni, cineasta da angústia social e incomunicabilidade, morreu na noite de segunda-feira, 30 de julho, em Roma. Foram mais de 20 filmes, recebeu prêmios em Veneza, Cannes e Hollywood. Na década de 80, sofreu um derrame cerebral, o deixando praticamente imóvel e privado da fala, o que não o privou de continuar “fazendo” cinema. Em 1995, co-dirigiu, com Win Wenders, “Além das nuvens”, baseado em contos de sua própria autoria. Nos últimos anos retornou à direção, ajudado por sua esposa, para realizar dois filmes: um documentário sobre a restauração do Moisés de Michelangelo, em 2004, e com um episódio do filme "Eros", apresentado no Festival de Veneza, neste mesmo ano.

Mas na segunda, além de Antonioni, aliás, um pouco antes dele, também morreu o cineasta sueco Ingmar Bergman, aos 89 anos. Cineasta especialista em primeiro plano e no questionamento sobre Deus, a existência e a morte. Um filme que me lembro bem dele - uma vergonha pois foram mais de 50 realizados por ele - é “Monika e o Desejo”, um filme sobre a juventude e suas inconseqüências, de enorme realismo e até mesmo, de uma certa crueldade, ao retratar o desgaste de um relacionamento amoroso. Outro é “Morangos Silvestres” (1957), uma película “existencial”, que explora realidade e elementos oníricos, misturando passado, presente e imaginação acompanhando as memórias de um médico cheio de angústias.


Bergman, ganhou, merecidamente, inúmeros prêmios em Hollywood, Cannes, Veneza e Berlim. Entre os mais conhecidos estão Fanny e Alexander (1982), O ovo da serpente (1977), Face a face (1976), Gritos e Sussuros (1972), Quando duas mulheres pecam (1966) e o Sétimo Selo (1956), entre muitos outros.

Vale a pena “revê-los”! Para mim, vale muito a pena buscar todos os ainda não assistidos.