segunda-feira, 25 de maio de 2009

Perder-se


E não é que meu teste deu um livro da Clarice Lispector? Delicioso resultado. Diria até que "na mosca".

http://educarparacrescer.abril.uol.com.br/leitura/testes/livro-nacional.shtml

"É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo. Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo. Perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando. Não sei o que fazer da aterradora liberdade que pode me destruir. Mas estou tão pouco preparada para entender. Mas como faço agora? Por que não tenho coragem de apenas achar um meio de entrada? Oh, sei que entrei, sim. Mas assustei-me porque não sei para onde dá essa entrada. E nunca antes eu me havia deixado levar, a menos que soubesse para o quê" - CL em A Paixão segundo G.H.

E pela primeira vez me deixo guiar sem saber nem onde vou chegar, nem o quê vou achar.

sábado, 23 de maio de 2009

Encontro

Praticando a arte do encontro comigo mesma

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Coragem para enfrentar os medos

Medo

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar
(...)

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá
(...)

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá

Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis

quarta-feira, 25 de março de 2009

É preciso não esquecer nada

É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.

É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.

O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.

O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.

O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.

(Cecília Meireles - 1962)

terça-feira, 24 de março de 2009

Brincadeira de blogs

Mensagem
Juntado com fé, casado é, da amiga mais amada deste mundo, Lele - Thais Helena para os mortais - me trouxe o desafio de participar de uma brincadeira de blogs. Como soou quase como uma intimação, risos, cá estou eu.

As regras:

1. Linkar a pessoa que te indicou;
2. Escrever as regras do mesmo em seu blog;
a) Contar seis coisas aleatórias sobre você - no caso Eu;
b) Indicar pessoas e colocar os links no final do post;
c) Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela;
Aqui vão:
1 - Sou uma pessoa estressada que busca ser um pouco mais calma, com muita força de vontade e uma ajuda essencial, TODO SANTO DIA;
2 - Adoro borboletas, não sei bem o porquê, mas acho que trazem à memória - pelo menos à minha - um lindo dia de sol, sensação de paz e liberdade;
3 - Choro de raiva quando não consigo expressar certos pensamentos ou sentimentos;
4 - Não sou capaz de lembrar muitas coisas da minha infância,mas sou capaz de sentir alguns cheiros como o do pão da tia Marta, ou dos que minha mãe fazia em casa;
5 - Sentar sob a Torre Eifell em um dia radiante de sol com o Ro, assim como a viagem de trem de volta de Roma, fora os muitos outros momentos desta mesma viagem, foram mais que especiais e tem altíssima sensibilidade para mim;
6 - Tenho mania, sou quase maníaca com isso, de lavar os cabelos TODO santo dia!

b.) Desafio repassado para: Repaginar e Re-Inventarse

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Mão na consciência

Meta cada um a mão na consciência e diga o que lá encontrou.

Cadernos de Saramago, José Saramago