quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Perfil solicitado para novas contratações

Engraçado como algumas pessoas conquistam o nosso carinho, admiração e repeito de maneira inesperada e utilizando toda a sua inteligência à favor. Ele foi assim. Chegou me torrando a paciência em relação à um cliente. Pensei logo de cara: impossível trabalhar com esse menino tão palpiteiro. Ô japinha chato!

Imagina só alguém falando em uma reunião tanto quanto eu???? Sendo mais rápido que eu para responder e-mails? Não, não viveríamos no mesmo espaço jamais. Daí veio uma pergunta antes de uma dessas reuniões, acredito eu que só para forçar uma tentativa de ser simpático: o que fez no fim de semana? Fui assistir Jogando no Quintal, conhece? Tá brincando! Já fui um milhão de vezes, até já fiz cursos com eles. Pronto, descobrimos uma afinidade. Depois outra. Depois mais uma. Depois mais outras tantas e, quando nos demos conta, iniciamos o ano seguinte com a mesma agenda, sem se quer ter mencionado a paixão por tal personagem.

Insuportavelmente parecidos e mesmo assim opostos. Formamos uma dupla, com toda a modéstia que nos é corriqueira, quase que desesperadora de tanto bom gosto. Um charme só!

Precisei descrever um pouquinho este achado dos tempos pós-modernos para utilizar, nas palavras dele, uma das melhores, e mais engraçadas, exigências de perfil para preenchimento de uma vaga de empregos:

"E não esqueça de perguntar de cara se ele é gay ou não. Péssimo garotinhos enrustidos!
Ah! E pergunta também se namora... Estou fora de complicação!!
Ah! E pergunta também se o celular dele é pós-pago... Não estou afim de ficar recebendo ligação a cobrar!
E, fundamental, pergunte se ele paga imposto de renda! De isento já basta eu!!!"

Na verdade, a vaga que ele quer preencher é outra. Acho que cansou de ser Samantha e está em busca da Carrie que existe dentro dele.

E viva as afinidades, as diferenças e os episódios de Sex and The City!

obs. Lê, espero que não se importe pela "exposição" dos seus anseios.

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