quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Ela e eu. Eu e ela.

A danada não me disse nada. Me deu tchau, até amanhã e pronto.
Remexi em minha bolsa. Encontrei um bilhete. Lá brilhava: “O essencial é invisível aos olhos”.
Depois desta frase, doces palavras se seguiam uma a uma, enquanto as lágrimas brotavam de duas em duas.
Fiquei um tempo com aquele pedaço de papel entre os dedos, tomada de uma profunda sensação de silêncio interior.
Era exatamente tudo aquilo que eu queria dizer para ela, que sinto por ela, que penso dela. Mas me vi irada com ela.
Injusta ela foi comigo. Roubou minhas palavras e não me deu, sequer, a oportunidade de me preparar para o golpe.
Talvez eu tenha lhe dado permissão para tal em algum momento desses últimos 7 anos.
Misturamos o nosso pensar sobre o mundo, os nossos sonhos, as nossas famílias, os nossos amigos, os nossos dias.
Nos misturamos, nos complementamos, nos escolhemos.
Ela e eu. Eu e ela.

Um comentário:

Thais Hannuch disse...

só um dos meus prediletinhos para poder responder a este post:

Cantando

Lembra daquele tempo
Quando não existia maldade entre nós
Risos, assuntos de vento
Pequenos poemas que foram perdidos momentos depois
Hoje sabemos do sofrimento
Tendo no rosto, no peito e nas mãos umas dor conhecida
Vivemos, estamos vivendo
Lutando pra justificar nossas vidas

Cantando
Um novo sentido, uma nova alegria
Se foi desespero hoje é sabedoria
Se foi fingimento hoje é sinceridade
Lutando
Que não há sentido de outra maneira
Uma vida não é brincadeira
E só desse jeito é a felicidade.

Composição: Paulinho da Viola

E assim seguimos nossas vidas! "Eu e ela. Ela e eu"